Expire devagar… agora inspire.
Perceba esse movimento simples e tão profundo. Quando nascemos, nosso primeiro ato é inspirar. Quando partimos, o último é expirar. Entre esses dois instantes, toda a nossa vida se escreve no compasso da respiração.

O som que você acabou de ouvir dentro de si, quase silencioso, é também o som mais sagrado. O Tetragrama YHWH, considerado o nome impronunciável de Deus, é entendido por muitos como a própria respiração humana. Não é preciso voz, idioma ou tradução. Apenas respirar já é dizer Seu nome.

Foi através desse sopro de vida que Deus nos deu que tudo começou. E é esse mesmo sopro que envolve o casamento religioso. Quando duas pessoas decidem se unir diante de Deus, é como se seus ritmos de respiração se encontrassem: não apenas corpos que se unem, mas almas que passam a viver um mesmo fôlego, sustentadas pela fé e pelo amor.

E então, quando a ansiedade bater e tudo parecer sair do controle, segure a mão do seu parceiro(a) e respirem fundo juntos. Não é preciso dizer nada. Apenas deixem que a respiração em conjunto lembre que vocês não estão sozinhos: há um terceiro fio invisível que os sustenta. Como está escrito, “o cordão de três dobras não se rompe facilmente” (Eclesiastes 4:12). Nesse sopro compartilhado, há calma, há força e há a presença de Deus.

Fotografar um casamento religioso é registrar não apenas gestos e símbolos, mas também esse sopro invisível que conecta amor, fé e eternidade. Assim como a respiração acalma, conecta e dá sentido à vida, também a união diante de Deus sela um compromisso que vai além do tempo.

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