Você já se perguntou como surgiu a tradição do buquê nos casamentos?

Aquela explosão de cores e fragrâncias que a noiva carrega consigo enquanto caminha em direção ao altar tem uma história fascinante, repleta de simbolismos e tradição. Vamos viajar no tempo para descobrir como essa prática romântica floresceu ao longo dos séculos.

Em tempos antigos, quando a superstição e a magia permeavam os casamentos, acreditava-se que as flores possuíam poderes místicos e, ao carregar um buquê, a noiva estaria protegida contra a má sorte e influências malignas. Na Grécia Antiga, as noivas também usavam ervas e alho para isso, acreditando que esses elementos afastariam os maus espíritos.

Entretanto, a tradição do buquê, como a conhecemos hoje, começou a tomar forma na Europa medieval. Durante esses tempos remotos, os casamentos eram celebrados em grande estilo, mas nem sempre movidos por romances arrebatadores. A escolha do buquê, nesse contexto, tinha uma intenção mais prática e, talvez, menos romântica do que imaginamos. Em uma época em que a higiene pessoal não era uma prioridade como nos dias de hoje, o buquê desempenhava um papel crucial.

Na ausência de banhos frequentes e desodorantes perfumados, os noivos, temerosos, adotavam uma abordagem astuta. O buquê, com suas flores e ervas aromáticas, não apenas adicionava um toque de elegância à cerimônia, como também servia como uma espécie de cortina perfumada. Era uma estratégia engenhosa para mascarar o inevitável mau cheiro que permeavam as festividades.

Com o passar do tempo, a prática evoluiu. Durante o Renascimento, as noivas passaram a escolher flores com base em seu significado simbólico. Rosas vermelhas representavam o amor, lírios a pureza, e assim por diante. Desse modo, a tradição do buquê tornou-se um meio visual de comunicar os sentimentos da noiva.

No século XVIII, a Rainha Vitória da Inglaterra, com seu casamento glamouroso, ajudou a popularizar ainda mais a prática. Ao escolher flores de laranjeira para seu buquê, a rainha não apenas incorporou a tradição, mas também lançou uma moda que perdura até hoje. Essa flor é muito representativa, pois ela simboliza inocência e pureza, características associadas à realeza.

No século XIX, a tradição cruzou o Atlântico e se tornou parte integrante dos casamentos americanos. Os casais, influenciados pela moda europeia, passaram a adotar a prática com entusiasmo, incorporando elementos pessoais e estilos diversos.

Hoje, o buquê de noiva continua a ser uma peça central nas cerimônias de casamento, com cada noiva escolhendo flores que refletem sua personalidade e estilo. Seja por tradição, superstição ou simplesmente pela beleza, o buquê continua a ser uma expressão artística do amor e da esperança que floresce no coração de cada casal.

Comentários

Escreva um comentário antes de enviar

Houve um erro ao enviar comentário, tente novamente

Por favor, digite seu nome
Por favor, digite seu e-mail